Entrevista com produtores locais



Primeiro entrevistado: Valdir Albonetti, 66 anos

Na fazenda do Valdir Albonetti, um agricultor de 66 anos que trabalha com o cultivo de milho há 50 anos, as coisas são bem diferentes. Ele enfrenta desafios tipo a falta de controle sobre o mercado e o clima, que afetam diretamente a produtividade e a lucratividade do plantio. "O custo do plantio fica alto e, na hora de vender a produção, não tem preço suficiente para obter lucros", diz ele.

Ele começou a trabalhar na agricultura desde criança, ao lado do seu pai, e sempre teve uma grande paixão pelo campo. "Eu trabalho com o milho há 50 anos e é algo que eu amo fazer", afirma.

Na hora de plantar e colher o milho, Valdir usa tecnologia tipo mecanização, que facilita o processo e aumenta a eficiência. "Tudo é mecanizado, tanto o plantio quanto a colheita", explica. Ele também destaca a importância de ter uma terra úmida e fértil, com boa adubação, e de evitar pragas e doenças.

O milho que Valdir produz é entregue em uma cooperativa e é usado para consumo humano e animal. Ele acredita que a relação entre quem planta e quem consome é tipo uma conexão, onde os agricultores precisam produzir para as pessoas da cidade consumirem.

Valdir também destaca a importância de valorizar o trabalho no campo, pois é através dele que temos comida na mesa. "As pessoas da cidade precisam entender que o trabalho no campo é fundamental para a nossa sobrevivência", afirma.

Por fim, ele sugere que o cultivo de milho pode ser feito de forma sustentável escolhendo milho orgânico, evitando desperdícios e dando preferência a produtores locais. "É importante fazer as coisas de forma certa, para que possamos ter um futuro melhor", conclui.


HISTÓRIA DA FAZENDA


Segundo entrevistado: José Aparecido dos Santos, 75 anos

Já na fazenda do seu José Aparecido dos Santos, um agricultor que trabalha com o cultivo de milho há cerca de 50 anos. Ele começou a trabalhar na agricultura por tradição familiar, onde o trabalho com a agricultura foi passado de geração em geração.

Sobre os desafios, ele disse que a mudança climática, o custo de insumos e lidar com pragas que surgem anualmente são os principais obstáculos. "É um desafio constante", afirmou.

Ele também falou sobre o plantio e a colheita do milho, que é feito com maquinário agrícola e utiliza a técnica de plantio direto. "As sementes já vêm preparadas de fábrica", explicou. Além disso, ele destacou a importância de cuidados constantes, como fertilizações e pulverização com defensivos, além da ajuda climática.

A tecnologia é fundamental para o seu José, que conta com a assistência de um técnico agrônomo e coleta amostras do solo para medir os nutrientes necessários. A maior parte da produção de milho é levada para as cooperativas, onde é destinada para indústrias para fins alimentícios e ração animal.

Ele acredita que a relação entre quem planta e quem consome é uma troca, uma parceria, onde o campo oferece a matéria-prima e a cidade devolve como alimento processado. No entanto, ele sente que a cidade ganha mais benefícios nessa relação.

"As pessoas da cidade precisam valorizar mais as pessoas do campo", disse ele. "Sem a parceria, a matéria-prima não chega à cidade. Valorização é a palavra-chave".

Sobre a sustentabilidade, ele acredita que é um desafio cada vez maior devido às mudanças climáticas e o surgimento de novas pragas. "A falta de apoio ao pequeno agricultor encarece o processo", afirmou.

E, por fim, ele refletiu sobre as mudanças na agricultura nos últimos anos, destacando que a tecnologia é fundamental para o desenvolvimento do cultivo, mas que a demanda de trabalhadores tem diminuído cada vez mais, fazendo com que as pessoas do campo migrem para as cidades em busca de emprego.